Há muitas centenas de anos, os habitantes do que hoje conhecemos por Índia, utilizavam como adornos pessoais materiais encontrados em abundância na natureza: couro, dentes e ossos de animais, folhas, penas de pássaros, frutas silvestres e semente (até nos dias de hoje tais jóias são ainda usadas por diferentes sociedades tribais). Escavações no Mohendojaro e em outros sítios do Vale do Indo levaram a descobertas interessantes: aparentemente, ambos homens e mulheres destas antigas épocas usavam ornamentos feitos em ouro, prata, cobre e marfim, adornados com gemas de várias qualidades. O “Ramayana” e o “Mahabharata” são abundantes em descrições de ornamentos e o “Código de Manu” define os deveres do ourives. Pelo século III aC , a Índia era o exportador líder em gemas, especialmente diamantes. O ouro era geralmente importado.

Na Índia os ornamentos são feitos para praticamente todas as partes do corpo. Tal variedade de jóias serve como testemunho da excelente qualidade do trabalho dos ourives indianos. As jóias na Índia variam das de cunho religioso até às de cunho puramente estético. As jóias também não são feitas somente para seres humanos, mas também para os deuses, os elefantes e os cavalos cerimoniais. A arte da joalheria tem recebido patrocínio real desde tempos muito antigos. Os Rajás e Marajás competiam entre si para saber quem possuía as mais requintadas e suntuosas peças de joalheria.

As jóias na Índia preenchem várias funções e como utilizá-las, às vezes, possui várias implicações. No mais óbvio nível, implica em atender a um desejo inato do ser humano em embelezar-se. Entretanto, as jóias também servem como identificador dos diferentes estratos da sociedade, são utilizadas como segurança econômica e como símbolo de contratos sociais. Para os Hindus, as jóias estão associadas com a maioria das cerimônias religiosas, especialmente as “Samaskaras” (estágios da vida) “e as “Vivaha”(casamento). Para ostentar o status de casada, as mulheres hindus precisam usar a “mangalsutra” ou o “thali”, que consistem em pendentes de ouro, cada um com uma certa combinação com gemas. Tradicionalmente, um ourives fura a orelha da criança 12 dias depois do nascimento.